Momento positivo para crescimento da indústria brasileira
Custos e carga tributária desafiam empresários que se apoiam em inovação e abertura de mercados para crescer.
Pesquisa com empresários e executivos brasileiros, realizada pela Markenz, aponta perspectivas de negócios para o curto prazo no Brasil. 87% dos respondentes representam empresas familiares, nacionais ou multinacionais de capital fechado e 15% faturaram mais de R$ 800 milhões no último ano. A boa notícia é que 40% destas empresas aumentaram o seu faturamento em até 50% em 2022 em relação a 2021, apesar de 49% delas ainda estarem operando em até 25% de sua capacidade produtiva.
O principal desafio em relação aos fatores externos identificado pelo estudo é o aumento de custos(62%), seguido da carga tributária(60%). Além disso, a instabilidade política é uma preocupação para 40% dos empresários e executivos. A busca por novos fornecedores, renegociação de preços, desenvolvimento de novas tecnologias, aumento de escala e acesso ao mercado internacional são as principais alternativas consideradas para superar o aumento de custos.
O desenvolvimento de novos produtos e a busca por fonte de alternativas de energia estão na pauta da alta gestão, bem como investimentos em tecnologia. 43% das empresas pretendem manter os investimentos atuais em tecnologia neste(2022) e no próximo ano(2023).
Dentre as perspectivas, 54% consideram o aumento da competição devido ao aumento de novos entrantes em segmentos já existentes e 40% produtos mais sustentáveis. Para 33% gestão transparente será padrão. No que tange a estratégia de crescimento, 16% das empresas estão disposta a avaliar fusões e aquisições e 12% abertura de capital.
“Há uma grande oportunidade para as empresas com estratégia de mercado clara e gestão eficiente de custos e produtividade. O momento é excelente para os negócios no Brasil”, comenta Letícia Marodin, consultora da Markenz.
Para chegar a essas conclusões, a Markenz conversou com 87 profissionais em posição de alta gestão ou como investidores em empresas dos setores de serviços, indústria, varejo, tecnologia, construção e agronegócio localizadas no Brasil, com exceção aos estados da região Nordeste, através de pesquisa qualitativa e quantitativa.