Fatos, independente de serem planejados, naturais, próximos ou distantes da sua realidade, interferem em situações que se conectam de diferentes formas com seu negócio. Ou seja, o mercado é dinâmico, interconectado. Há mais conexão entre fatos e suas consequências nos distintos sistemas de negócios atualmente do que há 15 anos atrás.
Quando o motor dessas conexões é positivo, gera velocidade aos negócios e prosperidade às nações. Contudo, quando estamos em um ambiente regido pela volatilidade político-econômica e bombardeio de informações com vieses, a falta de confiança impera. Como consequência, investimentos e transformações empresariais são em geral reduzidos e ou postergados.
O contraponto é que nunca dispusemos de tantos recursos tecnológicos para reunir dados, analisá-los de forma também mais veloz para colaborar na tomada de decisão empresarial. Não podemos controlar os fatores externos, entretanto podemos analisar os cenários baseados em dados confiáveis, de forma sistêmica e organizar nossas empresas de forma a prepará-las para cenários desafiadores, realistas ou promissores.
A tecnologia deve ser usada a nosso favor. De nada adianta investir em tecnologia se agirmos como sempre fizemos, “à maneira antiga”. A gestão deve ser feita com mais consciência e alinhada com a estratégia do negócio. A força da estratégia está em sua simplicidade, capacidade de execução e sua comunicação para todos os níveis da empresa.
O ponto de atenção para decisões em momentos delicados é que as escolhas do presente não podem prejudicar o futuro da empresa. Alguns comportamentos padrão no momento de conhecimento de estagnação de vendas e lucros, como por exemplo, demissões em massa e redução de investimentos em marketing e vendas; são exatamente o que em geral não deve ser feito. Abrir mão das pessoas mais experientes, que conhecem a cultura da empresa, além de parar ou reduzir ações que gerarão os resultados de caixa para a empresa não parecem ser as escolhas mais acertadas.
Por isto, analisar se os fatores limitantes do crescimento de nossas empresas são internos ou externos é crucial neste momento. Há possiblidades que as limitações venham das duas origens. Reflita e faça as melhores escolhas para sua empresa e todo mercado em que está inserida, principalmente para as pessoas envolvidas. E, para finalizar será que o mercado está parado? Será que a sua empresa está parada? Quais são as oportunidades por trás dos movimentos e notícias de estagnação?
Letícia Marodin, consultora empresarial e diretora da Markenz Consulting, especializada em estratégia de mercado e marketing. Todos os direitos reservados.